Uma boca sedenta… de palavras!… expressa-se com vogais e consoantes misturados que as frases saem duvidosas… para o que se destina destinto de cortesia!
Não é proibido falar da boca pra fora! Até porque, quem tem sua boca diz o que quer… mas também ouve o que não quer! Tudo é tão certo… Quem diz o que quer ouve o que não quer!
Pela boca entra e sai… o conhecido, desentendido, despercebido, dito pelo não dito figurativo na arte da expressão. Quem é que não fica de boca aberta… por um paladar apurado de uma boa refeição? E então aquele grito de felicidade… é um gosto te ver! Há que se inclinar para ouvir o cochichar das bocas abertas… ao delicia-se com uma boa comida! Também é verdade, em determinadas situações… boca fechada não entra mosquitos!
Uiiiiii… nem te conto!… o que àquela boca me disse! Também pudera… Daquela boca sedenta… sai frases nominal, verbal e outras mais!
Não é de se estranhar que a boca foi feita para falar, comer… e beber, se assim for!
Josefa Santos – Anatomia da boca. Nanquim, pincel sobre Papel Canson.
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A arte de expressar sentimentos 0
BY PELLEGRINI ON 28 DE MAIO DE 2014 ARTIGOS
Saber expressar nossos sentimentos é algo fundamental para nutrir relacionamentos saudáveis. Infelizmente, a maioria de nós não sabe como fazer isso. No ambiente profissional, então, nem se fale. Somos educados para não misturarmos nossos sentimentos com negócios. Essa crença existe porque a maioria das pessoas acha que expressar sentimentos é uma forma de “desabafar” alguma coisa.
No entanto, quando sabemos expressar nosso sentimento verdadeiro, ele não é visto como um simples desabafo, pois, ao fazê-lo, não rotulamos os outros, nem nos fazemos de vítimas. Na verdade, quando sabemos expressar nossos sentimentos, estamos praticando nossa humanidade de uma forma plena e sábia.
No livro Comunicação Não Violenta, Marshall Rosenberg dá um exemplo muito claro sobre isso: uma mulher insatisfeita com a forma como o marido se comporta, disse em um dos seus seminários: “Sinto como se estivesse casada com uma parede”. Diante disso, Marshall perguntou: “Você se sente solitária e querendo mais contato emocional com seu marido?”, a mulher concordou e Marshall prosseguiu: “É improvável que você consiga o que quer dizendo ao seu marido que se sente como se estivesse vivendo com uma parede. É mais provável que essa sua afirmação seja ouvida como crítica do que como um convite para ele se conectar aos seus sentimentos”.
Pense agora no que está sentindo, isso é realmente um sentimento ou é uma opinião critica? Ou talvez o que você acredita ser um sentimento seja, na verdade, um pensamento a respeito do que você acha sobre você mesmo, ou sobre o que os outros acham de você.
Perceba: nenhuma dessas afirmações expressa um sentimento:
“Sinto que isso é inútil”
“Sinto que Lúcia é responsável”
“Sinto que sou uma má profissional”
Difícil entender por que nenhuma dessas afirmações expressa um sentimento, não é mesmo? Mas repare, todas elas, na verdade, expressam uma opinião e opiniões não são sentimentos.
Repare também nessas outras afirmações:
“Estou me sentindo ignorado”
“Sinto-me insignificante ao redor das pessoas com quem trabalho”�“
Sinto-me incompreendido”
Essas afirmações também não são expressões de sentimento, elas são a expressão de como achamos que os outros estão se comportando com relação ao que estamos sentindo, ou seja, em todas essas afirmações você está avaliando o nível de atenção e compreensão das outras pessoas para com você, mas o que você sente na verdade é tristeza, solidão, mágoa, etc. É importante definir com exatidão: “estou desapontado comigo mesmo”, “estou triste porque preciso de mais atenção”, “estou magoada por não conseguir me expressar de forma clara”.
Em geral, quando expressamos nossos sentimentos, expomos nossa vulnerabilidade. Talvez seja por isso que temos receio de fazê-lo. Inconscientemente, preferimos julgar os outros como se eles fossem responsáveis pelo que estamos sentindo, mas ao julgarmos as outras pessoas criamos um cárcere para elas. Desapontadas, elas acabam se tornando exatamente aquilo que dizemos que elas são. Nada se resolve. Você desabafa centenas de vezes, mas continua sentindo que não disse o que realmente está sentindo.
Por que isso acontece? Porque você ainda não silenciou para identificar qual é a sua real necessidade que está deixando de ser atendida. Se você está feliz é porque suas necessidades estão sendo satisfeitas e o contrário também é verdadeiro, como o próprio Marshall diria, “toda violência é a expressão trágica de uma necessidade não atendida”.
Faça o teste: conecte-se com seus sentimentos agora, responsabilize-se pelo que está sentindo. Escreva nos comentários o que você está sentindo, que responderei, de acordo com os princípios da Comunicação Não Violenta, se essa é uma expressão clara dos seus sentimentos. Esse será o primeiro passo, nos próximos artigos falarei um pouquinho mais sobre como fazer um pedido.
Afinal, não adianta somente falarmos com clareza dos nossos sentimentos, é importante também sabermos comunicar aos outros o que é que a gente precisa de fato.