TEXTO DE JÔ SANTOS 
ENCENAÇÃO DAS FLORES 
Teatro Vencendo Tabu! 
Vencendo Tabu! À porta da vagina 
O que diz a vagina antes do pênis lá entrar?
Cuidado!
Sou frágil!
Posso não suportar a cabeça!
A grossura!
O tamanho!
A força de um corpo estranho!
A entrar por lábios dentro!
Tudo querendo rasgar!
Sem ao menos perguntar:
Posso entrar no vagão escuro e quente, para não só a cabeça mas todo nervo relaxar?
No vai e vem da dureza, da entrada e saída que suporta uma vagina, quer seja virgem, da mulher ainda uma menina, sem experiência do ato, muitas delas mundialmente são forçadas a praticar ainda na puberdade, pouco a saber falar, na infância a dá os primeiros passos, ergue os braços a pedir: Papai quero em teu colo sentar-me.
Na inocência de um Anjo nem imagina que, o acento macio e quente é do homem responsável pela semente que gerou aquela flor mas, se quer por um momento, sendo o seu progenitor ao menos hesitou…
E nada se questionou; em não podar aquela flor, qual uma mãe inspirou-se na mãe natureza.
Muitas vezes a sentir dor, calada não expressou-se, fingindo para o parceiro, o orgasmo e o prazer que nunca existiu, mas ele por egoísmo e sem amor, não entendeu porque aquela boca calou-se. Não a estar ele por baixo, seu peso, peito e músculo se fez leve como uma pluma encima do corpo frágil da mulher a quem diz ter amor… 
Haja consciência! 
Direitos Autorais;
Jô Santos Assinado por mim. 
